Ciúme, quem nunca o experimentou ao longo da vida? O ciúme é
conhecido muito bem por todos. Isso significa que ele é uma emoção bem comum. Nos
relacionamentos isso causa até um sabor melhor. Alguns afirmam inclusive que
ele mantem a chama da paixão acesa. O medo de perder a pessoa amada, esse é o ciúme
mais comum, ele é uma espécie de antena que nos alerta quanto à de presença ou ausência
do amor na relação. Desse ponto de vista
o ciúme é bom, sim.
Mas, o ciúme ao passar de uma determinada fronteira se torna
nocivo e patológico, causando profundos danos ao relacionamento.
Este sentimento geralmente envolve três pessoas: o ciumento,
o objeto do ciúme e o agente que o provocou. Neste triangulo amoroso, as
sensações de perda e de ameaça levam à eclosão desta emoção que pode se tornar
altamente explosiva. Pode-se dizer que ele está presente nos instintos humanos,
mas em excesso demostra que a pessoa não esta conseguindo controlar bem seus
impulsos. Ele também envolve outra questão a da confiança que nos remete a
outro ponto importante no relacionamento, o da segurança.
O individuo se sente inseguro e completamente inferior ao
outro quando não consegue desenvolver sua auto-estima. Ele mesmo se compara as
outras pessoas e inconscientemente sente-se sempre inferior na comparação. Achando
que todos são melhores que ele, é natural que comece a ver fantasmas onde eles não
existem, e acabe transformando seu medo de perder a pessoa amada em uma terrível
obsessão.
Desse jeito, acaba afastando o outro, o que o deixa ainda
mais ciumento e obsessivo, criando uma espécie de circulo vicioso nesse
relacionamento fracassado. Desesperado, ele passa a controlar e limitar a vida
da outra pessoa, restringindo sua liberdade, bombardeando-a com acusações
muitas vezes sem motivos, sufocando a tal ponto o seu amado que a relação
amorosa acaba desmoronando de vez. O ciúme patológico causa no seu portador uma
intensa carga de ressentimento, magoa e ate um desejo doentio de vingança, o
que infelizmente, pode provocar os famosos crimes passionais.
Este sentimento é deveras democrático, pois qualquer pessoa,
independente de raça, sexo ou classe social está sujeito a ele. O ciúme só
desaparecerá quando o homem aprender a amar de verdade, aprender que ninguém é
de ninguém, pois o ser é livre. Assim os laços do amor estarão do nosso lado. Então,
aprenda a curar as dores da alma, entre elas o medo, a falta de confiança em si
mesmo e no outro, a insegurança, entre outras. E o principal, aprenda a amar e
só assim é que o monstro devorador das relações afetivas será vencido.
Letícia de Cássia
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